
O ciclo do milho e a rentabilidade da lavoura
Saiba quais são as melhores práticas de manejo para cada etapa do ciclo do milho
SAIBA QUAIS SÃO AS MELHORES PRÁTICAS DE MANEJO PARA CADA ETAPA DO CICLO DO MILHO
Para facilitar a escolha das melhores prática de manejo na lavoura de milho, é importante mapear o ciclo do grão, criando um planejamento estratégico para definir o investimento adequado para cada uma das etapas.
O objetivo é conquistar níveis cada vez maiores de segurança, produtividade e rentabilidade para que a safra seja próspera e livre de pragas. Para nos ajudar, podemos dividir as fases fenológicas do milho da seguinte forma:
- Etapa vegetativa 1: germinação e emergência.
- Etapa vegetativa 2: emergência e pendoamento.
- Etapa reprodutiva 1: florescimento e enchimento de grãos.
- Etapa reprodutiva 2: maturidade fisiológica.
Duração do ciclo do milho híbrido
A duração do ciclo do milho depende muito do tipo de semente que foi utilizada no plantio. Cerca de 90% das sementes comercializadas hoje no Brasil são de milhos híbridos, variedades obtidas pelo cruzamento de linhagens puras, gerando plantas com produtividade superior.
Nesse cenário, há três tipos básicos de híbridos e cada um deles proporciona uma duração de ciclo diferente, confira a lista:
- Semente de milho superprecoce: de 110 a 120 dias.
- Semente de milho semiprecoce ou normal: de 120 a 145 dias.
- Semente de milho tardio: mais de 145 dias.
Como escolher o tipo de híbrido
Quando desejamos um plantio para uma safra normal, podemos usar o milho tardio ou até mesmo o milho semiprecoce ou normal, mas quando o objetivo é a safrinha, o milho superprecoce se torna mais atrativo.
Mas temos de nos atentar à qualidade desses híbridos, precisamos comprá-los de fontes confiáveis com garantia do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e credenciadas no RESASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas).
Tipos de milho
O milho é uma cultura mais diversa, pois os grãos não são todos iguais, há variedades diferentes, e a escolha delas varia de acordo com os seus parceiros comerciais. Para clarear melhor esse assunto, listaremos os diferentes tipos de milho e suas aplicações no mercado:
- Dentado (nutrição animal).
- Duro (indústria de alimentos, mais resistente para ser estocado).
- Farináceo (indústria de alimentos).
- Pipoca (indústria de alimentos).
- Doce ou milho-verde (venda direta ao consumidor doméstico).
Germinação e emergência
A germinação é uma fase muito importante, pois o bom desenvolvimento dessa fase ajuda na eficiência das etapas posteriores da cultura. Nesse momento, temos que dar atenção a duas práticas de manejo que influenciam consideravelmente no crescimento da planta, são elas:
O manejo da fertilidade do solo é muito importante para extrair todo o potencial de rentabilidade nos investimentos com sementes e tratamento de sementes na etapa de germinação e emergência. Pois o déficit de algum nutriente-chave na terra compromete o desenvolvimento das plantas.
O primeiro passo para uma correção nutricional assertiva do solo é conhecer a realidade da sua terra, pois ao entender as deficiências nutricionais, você poderá escolher os fertilizantes adequados para que o cultivo do milho atinja a produtividade esperada.
Para isso, escolha um laboratório confiável para realizar as análises do solo, pois quanto melhor forem os dados e as informações, mais eficientes serão as práticas de correção nutricional a serem adotadas.
O tratamento de sementes é um assunto amplo, são muitas perspectivas para melhorar o desempenho das sementes estrategicamente adquiridas. O importante é entender como alguns detalhes dessa prática de manejo melhoram significativamente a performance da germinação e da emergência.
Para exemplificar essas possibilidades, listamos algumas ações que costumam trazer resultados positivos na lavoura de milho:
- Uso de defensivos agrícolas.
- Enriquecimento nutricional.
- Reguladores de crescimento.
O uso de defensivos agrícolas traz maior segurança para o início da plantação de milho, pois as pragas são combatidas desde o começo. Além disso, há alguns nutrientes que são importantes na germinação inicial e a presença deles ajuda no desenvolvimento das plantas.
Os reguladores de crescimento do milho possibilitam o nascimento de plantas menores e folhas mais eretas e rígidas, o que, em alguns genótipos, proporciona ganho de produtividade e maior rendimento de grãos.
Manejo de pragas do milho
Cada etapa do ciclo do milho demanda um desafio diferente. Mapeando as ameaças, você poderá se antecipar para combatê-las e proteger sua produtividade. Veja as principais pragas para cada uma das etapas:
Etapa vegetativa 1: germinação e emergência.
- Corós (Diloboderus abderus, Phyllophaga triticophaga, Cyclocephala spp.).
- Larva-arame (Conoderus spp, Agriotes spp, Melanotus spp.).
- Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).
- Percevejos.
Etapa vegetativa 2: emergência e pendoamento.
- Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).
- Percevejos.
- Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus).
- Lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax).
- Lagarta-alfinete (Diabrotica speciosa).
- Lagarta–do-cartucho (Spodoptera fugiperda).
- Etapa reprodutiva 1: florescimento e enchimento de grãos e Etapa reprodutiva 2: maturidade fisiológica.
- Lagarta–do-cartucho (Spodoptera fugiperda).
- Lagarta–da-espiga (Helicoverpa zea).
- Broca–de-cana (Diatraea saccharalis).
- Broca europeia do milho (Ostrinia nubilalis).
Fazer análises das pragas presentes na lavoura é uma prática-chave para que o agricultor resolva os problemas de uma maneira assertiva e eficiente. O importante é monitorar atenciosamente cada fase, pois um descuido pode causar perda de rentabilidade.
Nutrição foliar do milho
A nutrição foliar é imprescindível para bons resultados na safra, e cada etapa do milho precisa de um cuidado especial em um nutriente específico. Detalharemos em cada uma das etapas os pontos mais relevantes.
Etapa vegetativa 1: germinação e emergência.
A baixa disposição de nitrogênio causa a queda acentuada da produção, comprometendo o crescimento vegetal, diminuindo a expansão e a divisão celular, dificultando a formação da área foliar. Por isso, a adubação nitrogenada é muito recomendada nesse período.
Etapa vegetativa 2: emergência e pendoamento.
Essa é uma etapa em que a planta começa a ter um gasto nutricional mais completo, por isso, devemos nos atentar tanto aos macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) quanto aos micronutrientes (zinco, molibdênio, cobre, manganês e boro).
- Etapa reprodutiva 1: florescimento e enchimento de grãos.
A fase de enchimento de grãos é crucial para garantir a produtividade das culturas. O grão, que é o produto final da venda, está se formando e, nutricionalmente, precisamos estar a todo o vapor, por isso, é importante cuidar bem dos níveis de nitrogênio, fósforo e potássio.
Etapa reprodutiva 2: maturidade fisiológica.
Na maturidade fisiológica há outros pontos de atenção a serem observados, e a boa nutrição tem que ter sido realizada até essa fase. Alguns cuidados devem ser tomados, como:
- Proteção contra o estresse biótico ou abiótico que pode atrapalhar a fase final.
- Observar o acamamento das plantas afetadas por doenças.
- Atentar-se a pragas como a broca-europeia, que podem causar a queda de espiga.
Como realizar a nutrição foliar
Para que a nutrição foliar seja eficiente, você precisa adotar tais práticas de manejo:
1- Análise foliar.
2- Invista em fertilizantes de qualidade.
3- Aplicação correta.
Análise foliar
Você precisa conhecer a realidade da sua plantação de milho para tomar as decisões corretas e aplicar os nutrientes que realmente estão faltando. Colete folhas de diferentes partes da lavoura e mande para um laboratório confiável.
Sabendo das deficiências ou excessos de nutrientes, você irá escolher os fertilizantes adequados e poderá definir as dosagens corretas de maneira lúcida e bem pensada.
Invista em fertilizantes de qualidade
Quanto melhor for a qualidade dos fertilizantes para a nutrição foliar, melhores serão os resultados finais da sua lavoura. A Agrichem desenvolve soluções focadas na produtividade do agricultor, sempre renovando e desenvolvendo seu portfólio de produtos.
Contamos com uma equipe de especialistas, capacitados para estar ao lado do produtor rural, conversando, entendendo e oferecendo nutrição agrícola de última geração.
Aplicação correta
Para garantir a eficiência do fertilizante foliar, você precisa se atentar à aplicação dele. O uso de adjuvantes e espalhantes, ajuste do pH da solução e cuidado com a mecânica de aplicação fazem toda a diferença na sua colheita.
Manejo integrado de pragas
O MIP (Manejo Integrado de Pragas) aumenta a rentabilidade, pois aplica uma série de práticas para proteger a lavoura de uma maneira eficiente, fazendo com que ela se torne mais segura. O MIP tem como objetivos:
- Menor aplicação de inseticidas.
- Diminuição dos custos no controle de pragas.
- Aumento da produtividade.
Para conquistar isso, diversas práticas agrícolas são integradas de uma forma inteligente. Ações como:
- Uso consciente de produtos químicos.
- Respeito a agentes biológicos.
- Gerenciamento inteligente de plantas resistentes a pragas.
- Manejo com rotações estratégicas de cultura.
- Uso de feromônios e plantas iscas.
Produtividade do milho brasileiro
O Brasil tem uma ótima produção de milho, mas no quesito produtividade ficamos muito atrás dos Estados Unidos, os maiores produtores do mundo. A produtividade norte-americana ultrapassa 10.000 kg/ha, e a brasileira fica em torno de 4.366 kg/ha (safra 2020/2021).
E por que nossa produtividade é tão baixa? Podemos apontar diversos fatores, como melhor qualidade do clima e do solo, uso mais intenso de melhoramento genético nos grãos e adoção de práticas de manejo mais eficientes e atualizadas.
Por isso, nós acreditamos que o agricultor brasileiro pode dar um passo de produtividade no cultivo do milho. A Agrichem quer estar ao lado do produtor rural nesse desafio oferecendo tecnologia e inovação. Acompanhe nosso Blog e fique por dentro de todas as nossas novidades.